116 anos, está
é a idade do conhecido mercado São Sebastião. Ele fica localizado na Rua
General Clarindo de Queiroz, centro, Fortaleza. Inaugurado em 1897, sua
estrutura dava-se de suporte à venda de carnes frescas. Em uma longa vida de andanças, perpassou pela
Praça Carolina, primeira morada, após, foi divido em duas partes,
Aldeota e Praça Paulo Pessoa, por fim, fixado na Praça São Sebastião. Hoje, é notório o efeito do tempo na infraestrutura do mercado.
Mercado São Sebastião. Foto: Diego Gabriel |
Sua presença ilustre atravessou décadas e reuniu gerações. Ponto de prosa e das mais variadas comidas regionais,como por exemplo, as famosas rabadas e buchadas que os “gringos” não podem e nem devem abrir mão de experimentarem ao passar pelo nordeste.
Os mais
variados odores habitam o local: alumínios, carnes, frutas, ervas e a presença
ilustre do calor, todos ultrapassam as barreiras dos quatro setores e se
agregam ao nosso corpo. Destes aromas não conseguimos escapar, pois são “irmãos
da respiração”. Porém, há bem mais que
cheiros, há diversas histórias, diversas vidas que necessitamos explorar, pessoas que se concentram em um
mesmo ambiente, mas que traçam perspectivas diferentes. Tal como a
jovem Priscila Santiago, 23 anos, terminou o ensino médio e agora é vendedora
em um Box do mercado de utilidades domésticas. Sonha em ter seu próprio Box,
aliás, sonha tê-lo no primeiro piso do São Sebastião, pois segundo ela, ganha-se mais estando lá. Diferentemente pensa Roberto Apricho de
Oliveira, 40 anos, almejava outras conquistas, tinha outros sonhos, contudo,
não terminou os estudos e agora transferi esses mesmos sonhos aos seus filhos,
esperando um futuro melhor para eles.
Em meio a tantas prosas e belezas, infelizmente também há o descaso, principalmente com a higiene. Moscas que convivem com as carnes, banheiros que exalam odor inevitavelmente, pois as trancas das portas estão destruídas impossibilitando serem fechadas. Mas a limpeza deve partir, sobretudo, dos próprios comerciantes que ali possuem o maior interesse, vender. Entretanto, nada chega abalar as negociações, o ápice das vendas do mercado é constante e provavelmente o seu lucro também.
Em meio a tantas prosas e belezas, infelizmente também há o descaso, principalmente com a higiene. Moscas que convivem com as carnes, banheiros que exalam odor inevitavelmente, pois as trancas das portas estão destruídas impossibilitando serem fechadas. Mas a limpeza deve partir, sobretudo, dos próprios comerciantes que ali possuem o maior interesse, vender. Entretanto, nada chega abalar as negociações, o ápice das vendas do mercado é constante e provavelmente o seu lucro também.
Agora,posso retratar algumas histórias que traçaram a minha vida no
mercado São Sebastião
Carneirinho e o seu canto dos
anjos.
Luís carneiro pinto, 72 anos, mais
conhecido como “Carneirinho”. Todos os dias se desloca ao Mercado São Sebastião
no intuito de oferecer suas casas para locação aos usuários do local, para
assim construir seus arranhas céus, que segundo ele, facilitará o ouvir do
“canto dos anjos”.
Hélio, o Jalmir Monteiro do
Mercado.
É um vendedor de amendoim de 54 anos que tem
como hobby imitar o famoso ícone da discoteca dos anos 70, o radialista Jalmir
Monteiro.
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Mercado São Sebastião-Setor Subsolo. Foto: Diego Gabriel |
Vendedores versus Compradores. Foto: Diego Gabriel |
Primeiro Piso do Mercado São Sebastião. Foto: Mayana Santos. |
Repórteres: Diego Gabriel ,
Priscila Lopes, Mayana Santos e Michael Holanda
Fotos: Diego Gabriel e Mayana Santos
Texto : Michael Holanda
Vídeos: Priscila Lopes
Colaboradores: Adriane Brasilino
e Larissa Falcão
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