quarta-feira, 21 de agosto de 2013
terça-feira, 18 de junho de 2013
Terra da Rave
Rave
é um tipo de festa que acontece de preferencia longe das zonas urbanos, é comum
ver esse tipo de eventos em sítios e chácaras. Com muita música eletrônica as
festa chega a durar 24 horas, onde DJs e artistas se revezam interagindo com o
publico. Alguns afirmam que o termo “Rave” surgiu em Londres na década de 60. O
Estilo de música tocada vaira entre House, Electro, Techno, Minimal, Psy
Trance.
Hoje
também existem as "Privates" ,que nada mais é, do que uma festa
privada, onde a maioria das pessoas são convidadas, tambem realizadas em
sítios, chácaras ou lugares ao ar livre.
Depois de São
Paulo, Belo Horizonte, Brasília e outras cidades, um dos maiores eventos de
música eletrônica do país visitou Fortaleza, a Playground Music Festival,
aconteceu no haras Santana no Eusébio e reuniu os principais nomes da e-music mundial,
a festa tem como diferencial um parque de diversões dentro do evento.
Uma combinação de rave com parque de
diversões itinerante, a Playground começou em 2006 e durante as últimas edições
reuniu mais de 80 mil pessoas. As festas são destinadas a jovens de classe média
o ingressos custam de R$ 40 a pista a 120 o camarote.
Foto: Gustavo Simão |
Grandes nomes
da cena internacional como Skazi, Astrix, FW Eletronic, Growling Machines,
Capitain Hook e Pixel levaram o publico ao êxtase. A cena local foi
representada pelos DJs Diego Grecchi, Pablo RST e Trindade. Os representantes
cearenses não deixaram ninguém parado nem na fila dos brinquedos. Com duração de
16 horas, o público teve bastante tempo para curtir, dançar, brincar e se divertir
no parque de diversões.
Uma das atrações da Playground Music Festival foi DJ Diego Grecchi, um paulista que fez de Fortaleza sua segunda casa,Diego alem de tocar também é produtor das raves The Private, A Ilha e Pandora. Grecchi é um dos maiores nomes do cenário local e apresentou um setlist vibrante no evento, “Gosto de ver a pista ferver na hora da minha apresentação” afirma o DJ.
Uma das atrações da Playground Music Festival foi DJ Diego Grecchi, um paulista que fez de Fortaleza sua segunda casa,Diego alem de tocar também é produtor das raves The Private, A Ilha e Pandora. Grecchi é um dos maiores nomes do cenário local e apresentou um setlist vibrante no evento, “Gosto de ver a pista ferver na hora da minha apresentação” afirma o DJ.
A Playground Music
Festival foi um divisor de águas no cenário da música eletrônica cearense. Além
do parque de diversões a festa contou com uma mega estrutura e vária atrações
internacionais. “Sem dúvida foi o maior evento de música eletrônica que já
rolou aqui em Fortaleza” afirma o Dj paulista erradicado na terra do forró.
O cenário da música
eletrônica no Ceará deve se tornar parada obrigatória das grandes atrações
internacionais . Para Grecchi o crescimento da cena acontece devido a um
aumento do público “Esses eventos estão trazendo muita gente nova e com isso a
música eletrônica no Ceará ganha novos adeptos”.
Tráfico
Diversão
e droga também marcaram presença na Playground Music Festival. Pedro Henrique,
23 anos, anda em raves há três, o universitário afirma que “Sem a “bala”
ou o “doce” não tem como entrar na vibe”..
O cliente pede o que deseja e o traficante retira do bolso, um recipiente cheio
de comprimidos, pega o dinheiro e entrega o “doce” ao cliente. Um comprimido
chega a custar R$ 50 em determinadas épocas do ano devido das aprensões. “Basta
chegar no cara que vende e pedir a bala ou o doce ele entrega a droga, pega o dinheiro
e vai embora” conta Pedro, Estudante do quarto semestre de Direito. O tráfico
de drogas nas raves não é segredo pra ninguém. O negócio lucrativo é financiado
por jovens, inclusive menores de idade.
Ao tomar um comprimido de LSD ou de Ecstasy é possível sentir o resultado em minutos, euforia, alucinações, movimentos incontroláveis são alguns dos efeitos possíveis de sentir após ingerir a droga sintética. “É irado, a gente não consegue parar de se mexer, tudo fica mais intenso é uma experiência muito louca, só tomando para saber como é, não tem como eu te explicar. Diz Pedro.
A maioria das festas as pessoas carregam garrafas de água e pirulitos, já que o ecstasy causa muita sede e o pirulito evita que usuário morda a própria língua. Os produtos chegam a custar R$ 5 e R$ 1 respectivamente.
Quando perguntada sobreo o trafico
no interior da festa a organização da Playground, por meio da assessoria, publicou
que a festa é diferente das festas que acontecem em sítios ou galpões, longe
dos centros urbanos, com música eletrônica e duração acima de 12 horas. A
Playground se compara com os eventos realizados no Playcenter e Hopi Hari, com shows
de DJs e parque de diversões, juntos, e com tempo de duração determinado,
informou em nota. Segundo a assessoria, havia 100 seguranças distribuídos pelo
evento.
Menores
Embora a festas sejam proibidas para menores de 16 anos, encontrar adolescentes abaixo da faixa etária é comum. Nas chamadas PVT (privadas), restritas a um círculo no máximo 300 amigos, o uso de drogas é ainda maior. “é fácil encontrar jovens de 15 anos que já usam “doce” , tem cara que toma até 5 comprimidos de ecstasy durante uma festa de 12 horas. isso pra mim é loucura”. Afirma Pedro Henrique.
Facebook
A principal divulgação das raves é no Facebook. São nessas páginas que o publico se informa e combina grande parte das raves. O público é selecionado previamente, por meio de grupos nas redes sociais. O lucro dos organizadores vem da venda de água mineral, das bebidas alcoólicas e, principalmente das drogas. “Não tem uma rave que não tenha droga, diz a universitária próxima a Pedro Henrique, que prefere não se identificar”.
A principal divulgação das raves é no Facebook. São nessas páginas que o publico se informa e combina grande parte das raves. O público é selecionado previamente, por meio de grupos nas redes sociais. O lucro dos organizadores vem da venda de água mineral, das bebidas alcoólicas e, principalmente das drogas. “Não tem uma rave que não tenha droga, diz a universitária próxima a Pedro Henrique, que prefere não se identificar”.
Por Felipe Santiago
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Experience Day 2013
Felipe Santiago
A Fanor recebeu no último dia 30, a palestra exclusiva do administrador e escritor Max Gehringer, eleito um dos 30 executivos mais cobiçados do Brasil em 1999 pelo jornal Gazeta Mercantil; foi Presidente da Pepsi-Cola Engarrafadora, Presidente da Pullman/Santista Alimentos, Diretor da Elma Chips e Diretor da PepsiCo Foods nos Estados Unidos, Autor de vários livros, dentre eles o livro "Comédia Corporativa", foi colunista das revistas Você S.A, Exame e Época, ficou conhecido pelo grande público após apresentar um quadro sobre emprego no programa Fantástico, da TV Globo.
Max iniciou a palestra com muito bom humor explicando a
origem do seu sobrenome herdado do pai, um suíço que veio morar no Brasil. Contou
suas experiências, falou sobre o início da carreira como oficce-boy na Cica, da
importância do marketing pessoal nos dias de hoje, sobre os desafios encarados durante
a carreira e como atingiu o sucesso profissional.
O convidado abordou o tema “Prática VS Conhecimento”,
segundo ele para o mercado de trabalho, o diploma sem o conhecimento vale mais
que o conhecimento sem o diploma.
Explicou que as faculdades atualmente não formam
profissionais completos para o mercado de trabalho; na maioria da vezes formam
apenas técnicos e esquecem de ensinar como lidar com as emoções. “Na faculdade
você não aprende como deve se comportar quando levar uma bronca do seu chefe
sem ter culpa” afirmou ele. Este foi um dos motivos que o levou a dividir suas
experiências através das palestras.
O Administrador também comentou sobre o sucesso das
mulheres no mundo corporativo. Para ele as mulheres trouxeram mais eficiência
para as empresas. “Se você estiver sentado do lado de uma mulher, abrace ela
porque um dia ela pode ser a sua chefe”.
Muito emocionado o escritor despediu-se da platéia e disse:
“Daqui a dois anos irei parar de fazer palestras pelo Brasil, para me dedicar somente a escrever e espero que minha última platéia seja tão boa quanto essa”. Max
Gehringer fechou a palestra com chave de ouro e emocionou a todos que estavam
presente.
O EXPERIENCE DAY FANOR, realizado na última terça-feira, 28
de maio, na Fanor Dunas proporcionou aos seus alunos um dia especial com muitas
atividades ligadas a empreendedorismo, musica, oficinas e estandes. O evento
mais esperado do ano contou ainda com uma palestra que trouxe, ao Centro de
Convivência da Fanor, o consultor e escritor Max Gehringer. A palestra teve
entrada franca.
Segundo os
organizadores do evento, mais de 3.500 pessoas compareceram para ouvir o
palestrante Max Gehringer. Esse número bateu recorde, superando todas as
expectativas da instituição.
O consultor
abordou as experiências vividas em sua trajetória, além de falar sobre carreira
e gestão empresarial. Ele começou falando com humor sobre a letra “H” contida
em seu nome “Gehinger”.
Max Gehringer
contou também como foi o começo da sua carreira, o seu primeiro emprego de office-boy
na antiga fábrica da Cica,. Em Jundiaí, e também como graduou-se em
administração de empresas. Ele foi bastante sincero quando disse que só
formou-se em administração por que era o único curso que havia em sua cidade,
mas também foi muito humilde e bem humorado quando falou que, se pudesse voltar
no tempo, ele faria novamente administração.
O consultor
encerrou a palestra dizendo que gostaria de compartilhar as suas experiências
com pessoas de fibra e garra, como aquelas que naquela noite estavam presentes,
silenciosas com olhos arregalados e direcionados pra ele. Sem mais conseguir
falar, ele deu um boa noite e saiu emocionado encerrando aquele dia fantástico.
O EXPERIENCE DAY
é uma das formas de aproximar os alunos da faculdade, além de proporcionar mais
uma opção de atividade cultural à cidade, gerando conhecimento e trocando ideias
a partir da experiência de profissionais reconhecidos nacionalmente.
André Silvestre
André Silvestre
terça-feira, 4 de junho de 2013
Cinquenta é cinco
Ele estava em
todos os jornais, nos sites de entretenimento e nas colunas sociais dias antes,
em todos as notícias os títulos destacavam que um dos trinta maiores executivos
do país estaria no Experiência Day da Fanor, às 20h do dia 28/05 para uma
palestra única sobre mercado de trabalho e para contar um pouco da sua
experiência. Max Gehringer, a estrelar mor do evento, já tinha deixado a sua
marca antes mesmo de subir ao palco.
Gehringer não é
britânico, e talvez por isso tenha subido ao palco antes mesmo de ser
anunciado, com um sorriso tímido de quem ainda está conhecendo o público da
noite, mas isso fica para trás logo nas primeiras palavras do executivo que
diverti a plateia com uma explicação sobre as sua ideias que segundos depois se
transformam e sorrisos na voz agora segura e confortável do homem que não
estava ali para vender nada, mas para ensinar de forma divertida e natural coisas
básicas que todos já deveríamos saber, mas pela mal da atualidade, a presa, nós
sequer prestamos atenção.
Seus conselhos
eram cheios de experiência, mas nenhum fora do comum “Você tem que estudar,
principalmente, mas se tiver a oportunidade, comece a trabalhar cedo” disse em
determinado momento da noite enquanto falava do quão é importante à experiência
na hora de conseguir um estágio ou um trabalho é importante, e se essa
experiência estiver aliada aos estudos, você com certeza estar no caminho
devido.
E quem não riu
ao ouvir falar do desconhecido e rapidamente importante professor Vantuí, que
com simples palavras fez com que todos se preocupassem em ser um dos cincos dos
sessenta alunos que teriam um bom futuro. E que não sentiu o olho coçar quando
ele se despediu dizendo que estava grato pela plateia tão viva.
A noite atingiu
as expectativas geradas para ela, com sorriso, e mesmo que não tenha mostrado
nenhuma novidade, todos que ali estavam precisavam escutar essas ideias básicas
de como começar um carrega que esquecemos com facilidade.
Carlos Anderson.
Experience Day 2013:Como não viver esta experiência
Aline Lins
Max Gehringe falando sobre suas experiências. |
Iluminação enfeitando a fachada
da Faculdade,estandes dos mais variados cursos nos corredores, estudantes andando de
um lado para o outro, fotografia por todos os lados e muita música,este é o sinal
que estar no ar o Experience Day
2013.
A cada Experience, a Fanor
ganha um novo brilho e muito glamour, não foi diferente deste ano, com a vinda
do Max Gehringer ,nesta última terça-feira
dia 28 de maio.
Todos os alunos estavam
vidrados, olhando para o palco a espera do grande encontro com o ídolo do dia,
e no momento inesperado, quem sobe ao Palco?Ele mesmo, Max Gehringer.
Com uma aparência simples e
um sorriso espontâneo no rosto, começa sua palestra de forma muita cômica, ao
dizer para os alunos que ainda estavam em dúvida na escolha
de qual curso fazer.Ele dá a dica
para fazer administração,pois este é o
curso para as pessoas que não sabem o que querem da vida,foi a parti deste
comentário que começou uma das tantas gargalhadas dadas pelo o público.
Quanto mais falava, mais os
alunos se aglomeravam para prestar atenção e interagir com o palestrante. Gehringer
conta um pouco sobre a sua história e
suas experiências que viveu quando trabalhava desde de officeboy até hoje como administrador de
empresa,e ressalta que cada etapa de sua vida, foi um aprendizado para ele ser
o profissional que é hoje.
Max também bateu muito na tecla a respeito de viver
experiências, seja ela qual for ou em qualquer situação já vivida. “As experiências
que adquirimos, será útil em algum momento da nossa vida, pois não existem
experiências perdidas, elas apenas ficam guardadas para serem usadas no tempo
certo”, afirma Gehringer.
Por fim, o Administrador, dá
várias dicas de como ser um profissional empreendedor. Também, aproveitando a
oportunidade do encontro, ele falou que daqui a alguns anos vai parar aos
poucos de dar palestras, devido seu estado físico, mas declarou que o seu grande desejo é que sua última
palestra seja ministrada para um público de jovens estudantes.
Max Gehringer finaliza com
estas palavras, onde logo em seguida recebe os aplausos e a admiração de todos
que estavam presentes, e não contendo a emoção, sai do palco com lágrimas no
rosto.
SAIBA MAIS SOBRE O EVENTO:
http://panoramace.blogspot.com.br/2013/06/experiencia-de-gehringer-no-experience.html
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Experience Day com Max Gehringer
Texto: Ana Hadassa
|
Max ministra a palestra para os convidados. |
O
dia da experiência que aconteceu na última terça, 28, no campos Dunas da Fanor,
foi repleto de atividades para quem estava por lá durante o dia, e não faltou
trabalho para os alunos que representavam seus cursos no estandes. Porém o
momento mais aguardado foi a palestra ministrada logo mais a noite pelo
Administrador Max Gehringer. No evento divulgado através do facebook mais de
3.000 pessoas confirmaram presença, um número consideravelmente grande, cheguei
a questionar se caberiam tantas pessoas no local, mesmo assim fui conferir de
perto o acontecimento.
Ao
chegar na faculdade senti como se estivesse entrando em uma casa de shows,
muitas luzes, música exageradamente alta, meninas com saltos de 15 cm e saias
de 10 cm, catracas liberadas. Caminhando tentei visualizar conhecidos, e não
demorou muito para me deparar com vários amigos, conversei, fui à biblioteca,
lanchei e exatamente às 17h30min garanti meu lugar na plateia para assistir a
palestra do Max, sentei após as tais cadeiras reservadas, que sinceramente são
meio ridículas, pois nem todas são ocupadas, enfim ainda consegui guardar dois
lugares ao meu lado.
Esperar
não é o meu forte, mas eu já sabia que a palestra só teria inicio por volta das
20h00min, então fiquei lá acompanhando o movimento, pessoas não paravam de
chegar e aos poucos o anfiteatro estava lotado. Como eu estava perto do palco
pude observar vários transtornos causados pelas tais cadeiras reservadas, os
alunos sentavam e logo tinham que sair de fininho e com a cara mais sem graça
procurando outro lugar para ficar.
O
toque de baquetas anunciou que a banda convidada para agitar a galera, que já
estava com os ânimos lá em cima, começaria a tocar. E o repertório escolhido
foi de muito bom gosto, Tim Maia, Raul Seixas, Raimundos, e não ficou só no
nacional, até Bruno Mars entrou na playlist. Foi um verdadeiro frenesi,
principalmente dos pré-universitários que lá estavam, todo mundo sabia de có todas
as letras. Depois de rasgar a garganta cantando e suar um pouco com os pulos a
banda deixou a plateia fervendo para receber o palestrante.
Os
apresentadores da noite como de costume eram um casal, o já conhecido “eterno”
aluno de jornalismo da Fanor Amenohtep e uma aluna da engenharia, que não recordo o nome agora, mas que na minha opinião não se encaixou na proposta. Eis
que uma pequena revolta ocorreu dentro de mim, por qual motivo, razão ou
circunstância a apresentadora não era aluna de comunicação da Fanor? Com tantos
estudantes que se preparam para ser futuros comunicadores, com uma TV em pleno
vapor, a pessoa escolhida é da engenharia? Enfim considerei uma escolha
infeliz.
Então
com uma salva de palmas o convidado do E-day sobe ao palco, Max Gehringer á
primeira vista parece ser sério, mas bastam algumas palavras para a plateia se
abrir em gargalhadas. Como administrador Max focou em falar da profissão, mas
também contou histórias pessoais, fez piada, deu dicas sobre entrevista de emprego
e não escondeu ser péssimo com números, o que é um pouco contraditório, porém
deixou claro amar o que faz. O homem pacato que não gosta muito da cidade
grande, conseguiu ,creio eu, agradar o público e revelou que em sua última
palestra gostaria de ver e compartilhar suas experiências com pessoas assim,
como aquelas que olhavam para ele. Max foi ovacionado pela plateia que ao ficar
em pé deixou o palestrante em lágrimas, e sem conseguir mais falar encerrou a
noite do Experience Day.
Experiência de Gehringer no Experience Day
Heliana Querino
A Faculdades Nordeste (Fanor) realiza todo ano o Experience
Day (EDay), evento que a cada edição conta com um(a) convidado especial. O
palestrante da vez, foi o consultor de carreiras, Max Gehringer. Aconteceu na
ultima terça 28 de maio e começou por volta das 20hs.
Logo de início, Gehringer surpreendeu os apresentadores ao entrar antes de ser anunciado. E, de um jeito descontraído, começou a apresentação como se contasse uma história numa roda de amigos. Tratou de várias questões ao longo da palestra relatando toda sua experiência.
Falou da família, de suas raízes no interior paulista, do inicio como office-boy e seguiu comentando sobre a vida profissional. No meio de uma história e outra, Max deu dicas de carreira, comportamento, conselhos. Na sequência dava um exemplo do que acabara de falar.
De forma bem humorada e aparentemente inocente, focou no curso de Administração e em possibilidades dos estudantes se tornarem empresários, patrões de si mesmo. Uma questão de lógica, Max, administrador e global, incentivador dos novos programas do governo. Quanto mais microempreendedores melhor.
As arquibancadas do anfiteatro já não comportavam mais ninguém e assim permaneceu durante todo o debate. Como era de se esperar de alguém com o Currículo como o do Max Gehringer, em diferentes momentos fez os ouvintes silenciosos e prestativos ou inúmeras vezes arrancou aplausos e gargalhadas.
O consultor permaneceu em pé durante toda a apresentação. Dispensou cadeiras e encantou a platéia com sua presença simples e ao mesmo tempo elegante. Conduziu o debate de forma competente e magistral. Atingiu seu objetivo.
Aplausos!
Ao final da palestra, eu, que estava bem próxima ao palco, quase me sinto orgulhosa por estar presente em
gratificante momento. Foram palavras preciosas para os futuros jovens e adultos
profissionais, principalmente a galera que sonha com gravata e sapatos lustrosos.
Involuntariamente, às lágrimas de Gehringer me fizeram vir à mente o choro biologicamente fiel ao relógio, da atriz Fernanda Montenegro, ao final de seus espetáculos.
Involuntariamente, às lágrimas de Gehringer me fizeram vir à mente o choro biologicamente fiel ao relógio, da atriz Fernanda Montenegro, ao final de seus espetáculos.
domingo, 2 de junho de 2013
Max Gehringer: Um administrador na noite da Comunicação
Hérika Vale
Na noite da última terça-feira, 28, a Fanor-Faculdades Nordeste recebeu o Administrador Max Gehringer, como atração principal do evento que a faculdade promove todos os anos durante a Semana da Comunicação.
Antes mesmo do o início do evento que estava marcado para começar às 20hrs , o hall da Faculdade já estava começando a lotar , muitas pessoas entre estudantes de vários cursos da própria instituição e secundaristas de escolas locais chegavam aos montes demonstrando que lugares para ver a palestra iriam ser bem disputados.
Pontualmente às 20hrs após uma apresentação introdutória do jornalista Amenohtep Rodrigues e de uma estudante do curso de Engenharia, o convidado apareceu.
Um homem de aparência calma, e sorriso simpático foi aplaudido por uma plateia ávida por informação. Max versou sobre o mercado de trabalho e principalmente focando dois cursos que estavam sendo representados em peso, a Administração e Ciências Contábeis. Então se seguiram quase duas horas falando sobre plano de carreira com visão nesses dois cursos citados.
Gehringer é um bom palestrante, e o assunto realmente deve ter sido bem relevante para a maioria dos que estavam prestigiando a palestra, para os demais não demorou muito para perceber que muitas pessoas que lotavam o espaço reservado para o evento saíam.
MÁ ORGANIZAÇÃO
Aproximadamente mil pessoas lotaram o espaço reservado para a palestra, provavelmente todas aquelas pessoas não se cadastraram no site da faculdade como foi orientado, na realidade sem necessidade, pois tenho certeza de que nem mesmo a faculdade tem o número exato de participantes. Em poucos minutos após minha chegada a aglomeração de pessoas era insuportável, as pessoas responsáveis pela orientação dos participantes que estavam de pé, apesar de muitas cadeiras disponibilizadas, visivelmente não estavam dando conta de orientar as centenas que se acotovelavam em busca de um melhor lugar para a visualização do palestrante. Em certos momentos escutei várias pessoas se queixarem de desconforto e de terem sido mal tratados por pessoas que estavam lá para prestar o mínimo de informação aos visitantes.Cláudia Moreira,24, queixou-se de um rapaz que a pegou pelo braço e a direcionou para que ela saísse do meio da passagem, “o cara agarrou meu braço e me puxou com força, dei um cutucão nele e ele me soltou”, em seguida a estudante que é de outra instituição particular da cidade, saiu esbravejando e falando que iria falar com o “responsável por aquela bagunça”.Com certeza devem ter acontecido vários desconfortos como esse que não chegaram à conhecimento da organização do evento.
A Fanor tem sua parcela de culpa, a possibilidade de treinar uma equipe melhor e em maior número pode ser considerada para o próximo evento, bem como uma escolha mais adequada do palestrante, se é “Semana da Comunicação” nada mais adequado do que um verdadeiro comunicador.
Ao final do evento o administrador foi cordial com a plateia e elogiou a turma que ainda estava ali prestando atenção as suas dicas, ainda saiu com lágrimas nos olhos .Afinal de contas os alunos que se beneficiaram com suas dicas tiveram razão de aplaudir o palestrante de pé.
Max falou pra quem quis escutar, e foi bem aplaudido |
Antes mesmo do o início do evento que estava marcado para começar às 20hrs , o hall da Faculdade já estava começando a lotar , muitas pessoas entre estudantes de vários cursos da própria instituição e secundaristas de escolas locais chegavam aos montes demonstrando que lugares para ver a palestra iriam ser bem disputados.
Pontualmente às 20hrs após uma apresentação introdutória do jornalista Amenohtep Rodrigues e de uma estudante do curso de Engenharia, o convidado apareceu.
Um homem de aparência calma, e sorriso simpático foi aplaudido por uma plateia ávida por informação. Max versou sobre o mercado de trabalho e principalmente focando dois cursos que estavam sendo representados em peso, a Administração e Ciências Contábeis. Então se seguiram quase duas horas falando sobre plano de carreira com visão nesses dois cursos citados.
Gehringer é um bom palestrante, e o assunto realmente deve ter sido bem relevante para a maioria dos que estavam prestigiando a palestra, para os demais não demorou muito para perceber que muitas pessoas que lotavam o espaço reservado para o evento saíam.
MÁ ORGANIZAÇÃO
Aproximadamente mil pessoas lotaram o espaço reservado para a palestra, provavelmente todas aquelas pessoas não se cadastraram no site da faculdade como foi orientado, na realidade sem necessidade, pois tenho certeza de que nem mesmo a faculdade tem o número exato de participantes. Em poucos minutos após minha chegada a aglomeração de pessoas era insuportável, as pessoas responsáveis pela orientação dos participantes que estavam de pé, apesar de muitas cadeiras disponibilizadas, visivelmente não estavam dando conta de orientar as centenas que se acotovelavam em busca de um melhor lugar para a visualização do palestrante. Em certos momentos escutei várias pessoas se queixarem de desconforto e de terem sido mal tratados por pessoas que estavam lá para prestar o mínimo de informação aos visitantes.Cláudia Moreira,24, queixou-se de um rapaz que a pegou pelo braço e a direcionou para que ela saísse do meio da passagem, “o cara agarrou meu braço e me puxou com força, dei um cutucão nele e ele me soltou”, em seguida a estudante que é de outra instituição particular da cidade, saiu esbravejando e falando que iria falar com o “responsável por aquela bagunça”.Com certeza devem ter acontecido vários desconfortos como esse que não chegaram à conhecimento da organização do evento.
A Fanor tem sua parcela de culpa, a possibilidade de treinar uma equipe melhor e em maior número pode ser considerada para o próximo evento, bem como uma escolha mais adequada do palestrante, se é “Semana da Comunicação” nada mais adequado do que um verdadeiro comunicador.
Ao final do evento o administrador foi cordial com a plateia e elogiou a turma que ainda estava ali prestando atenção as suas dicas, ainda saiu com lágrimas nos olhos .Afinal de contas os alunos que se beneficiaram com suas dicas tiveram razão de aplaudir o palestrante de pé.
sexta-feira, 31 de maio de 2013
No dia da experiência
Daniel Silva
Naquela noite de terça-feira, 28, cheguei à Faculdade no
horário que usualmente costumava chegar: 18h25min. Entretanto, aquele turno
estaria longe de ser visto como habitual. A tomar pelo jogo de luzes que
recobriam o prédio da instituição, a impressão inicial era a de que um grande
evento metamorfoseava a casual atmosfera acadêmica. De fato, não era impressão.
Era o dia da experiência na Faculdades Nordeste (Fanor).
E como bem nos explica a lógica do complexo de vira-latas,
da proposta de um dia de experiências na faculdade temos o evento intitulado
Experience Day. Em suma, trata-se de um projeto trabalhado pela empresa há mais
de oito anos. Na ocasião, tanto alunos quanto o público em geral podem participar
de programação que engloba atividades lúdicas, palestras, workshops e
apresentações artísticas.
É quando falamos de arte que desaguamos na minha experiência
particular com o Experience Day. Antes,
vale o registro cronológico de que ainda eram antes das 19 horas quando à
faculdade eu já me encontrava. O fluxo intenso de pessoas entre secundaristas,
pós-egressos e veteranos, todavia, não deixava dúvidas: o evento estava sendo
exitoso. Ao menos assim parecia aos espectadores que faziam platéia à banda que
cumpria o preâmbulo à palestra que Max Gehringer daria horas depois.
Mas não havia ido à Praia do Futuro em função do que o
renomado consultor tinha a dividir àquela noite. Muito menos para ouvir o
repertório couvert dos colegas que seguiram no palco até às 20 horas. Pelo
menos essa foi a última vez que consultei o relógio antes de sair dos domínios
da instituição. Eu tinha ido à faculdade para cumprir meu dever enquanto
graduando. Foi quando às 19h10min encontrei, à sala 211, apenas eu comigo
mesmo. Ninguém havia chegado ainda.
E nem chegaria. Sentado do lado de fora, fiquei até às
19h31. Mais uma conferida no relógio e cheguei à conclusão de que, naquela
noite, não haveria aula. Mas por que as salas ao lado pareciam tão lotadas? E
por que, de fato, havia tanta gente nas demais salas? Questionei-me antes de
deixar em definitivo os domínios da instituição. E à medida que ia me afastando
do prédio, após pouco mais de uma hora perambulando pelos corredores, o
repertório da banda, que àquela noite arranhou do Balão Mágico ao Franz
Ferdinand, foi se tornando, enfim, distante.
A Caminho do terminal de ônibus, o dia da experiência, pra
mim, talvez não tivera a mesma conotação para quem conseguiu ficar até o final
do evento. No dia seguinte, a história que ouvi foi a de que Gehringer chegou a
chorar durante a palestra. Isso deve ter sido forte, confesso.
Fazendo o caminho inverso, terminei aquela noite entre as
estantes de livros e DVDs da Livraria Cultura. As horas, ali sim, pareceram ter
passado rápidas. E no retorno para casa, trazia eu em minha sacola “Uma mulher é uma mulher”, meu 16° filme dentro da videoteca que intento montar. Isso me
leva à conclusão de que o dia da experiência, pra mim, encerrou-se com uma veia
bem intimista. Tão banal e marcante como numa sequência de um Godard.
terça-feira, 21 de maio de 2013
Gigante pela própria natureza
Sediado no Centro de Fortaleza, o Mercado São Sebastião é um equipamento público municipal administrado pelo Sindicato do Comércio
Varejista de Frutas e Verduras de Fortaleza (Sincofrutas), reformado e
inaugurado no final de 1997 durante a gestão do prefeito Juraci Magalhães. O
estabelecimento funciona onde anteriormente funcionava o antigo Mercado de
Ferro, inaugurado na segunda metade do século XVII, em 1897.
Mercado São Sebastião. Foto: Jonas Guedes. |
Inicialmente, o mercado era dedicado principalmente ao comércio de frutas, verduras e carnes. Hoje, o estabelecimento, que fica alojado em toda a extensão da Praça Paulo Pessoa, conta com 449 boxes que comercializam artesanato, plásticos, raízes, descartáveis, materiais elétricos, ferragens, materiais hidráulicos e de construção. Possui também uma rede de lanchonetes que circundam todo o térreo e parte do 2º piso, além de farmácias, uma agência lotérica e estacionamento. Todos distribuídos em uma área de 22.538 m² dividido em subsolo, térreo e 2º piso.
Banca de frutas e legumes. Foto: Daniel Araújo. |
Essencialmente miscelânico, o Mercado São Sebastião oferece uma enorme diversidade produtos e serviços, além de uma paleta diversa de pessoas, sejam essas comerciantes, transeuntes ou fregueses, que ao longo dos anos vêm construindo a história deste imponente prédio.
Algumas dessas figuras se encontram há mais tempo no local, outras
iniciaram as atividades a menos tempo – há meses em alguns casos. São variadas
gerações que encontram nesse comércio uma forma de garantir alguma receita ou
afirmar sua vocação de comercializar.
Essa predisposição aos serviços trouxe Diomésio Santos, 76
anos, para dentro do mercado. Veterano, ele conta que trabalha no ramo de
frutas e verduras desde o final da década de 1950. Durante esse período, passou
um tempo trabalhando no comércio da cidade de Camocim e resolveu voltar à
capital em 1962 onde iniciara os trabalhos no antigo Mercado São Sebastião, conhecido pelos comerciantes como
“Mercado Velho”.
Rememorando o tempo passado, Diomédio explica que o São
Sebastião foi o primeiro mercado a comercializar legumes e frutas em larga
escala. “Quando comecei a trabalhar aqui só havia o São Sebastião e o Mercado
São José. Não havia grandes mercantis”, atesta.
Mesmo com o crescimento populacional e a consequente
expansão das redes de supermercados na cidade, o comerciante acredita que o
mercado ainda sobreviva por muito tempo devido a sua tradição. “O São Sebastião
era e ainda é conhecido por boa parte da população. Nossos clientes são cativos
e variam entre pessoas comuns ou até mesmo autoridades. “Aos domingos até o
Roberto Cláudio frequenta o lugar. Por duas vezes o vi comendo panelada bem
ali”, relata, apontando para o quiosque de comidas regionais.
Outras vozes
Há poucos metros das frutas e orgânicos de Diomésio Santos,
há um pequeno corredor tomado por peças feitas de gesso e argila. Os utensílios
são comercializados por Maria de Lourdes, 54 anos. Dona Leninha, como é
conhecida no São Sebastião, trabalha com artesanato desde os 14 anos. Ela
afirma que procura precificar os produtos de acordo com as suas
especificidades. “Aqui o cliente pode encontrar jarros de R$ 0,80 a R$ 40,00”,
exemplifica. Segundo ela, os cearenses ainda são o público que mais frequenta a
“Casa do Artesanato” e adquire as peças vindas diretamente de Ipu, Cascavel e
Aracati.
Gessos e Argilas comercializados por Maria de Lourdes. Foto: Daniel Araújo. |
Gessos e Argilas comercializados por Maria de Lourdes. Foto: Daniel Araújo. |
Produtos Naturais do box "Arara Azul". Foto: Daniel Araújo. |
Subindo ao 2º piso, em uma estrutura que conta ainda com
subsolo e térreo, o letreiro acima da porta de acesso ao bloco C aponta: “Arara
Azul-Produtos Naturais e Regionais”. No box de pouco mais de dois metros de
largura e quatro metros de extensão é possível encontrar vários tipos de
produtos naturais entre gêneros alimentícios e ervas medicinais.
Atuando como atendente na loja a pouco mais de quatro meses.
Kelly Nobre, 32 anos, conta que o segmento alimentício é o mais procurado pelos visitantes do mercado. “E pelo
menos 50% deles são cearenses”, ressalta. Entretanto, a jovem não deixa de
reconhecer que as condições do trabalho desenvolvido, não só pela Arara Azul,
mas como dos demais comerciários, poderiam ser potencializadas caso a estrutura
do prédio passasse por uma reforma.
A observação de Kelly não é caso isolado. A necessidade de
melhorias fica evidente quando falamos de pontos essenciais. Em umas das
escadas que dá acesso ao 2º piso do prédio notamos que a ferrugem já corrói boa
parte da estrutura. Degraus e a base
encontram-se seriamente comprometidos. “É preciso melhorar muito. Os
banheiros, por exemplo, não são muito bons”, reforça a vendedora.
Mas se o mercado ainda possui desafios a superar, o espírito
de cooperativismo entre os comerciários se sobrepõe como traço diferencial do
equipamento. “As pessoas aqui são muito legais, desde o presidente até zelador”,
pontua, entre um atendimento e outro que realizava àquela tarde.
Cumplicidade
Esse sentimento de cumplicidade é o mesmo que rege os
negócios de Cosmo Praciano Paiva. Ele afirma que sua relação com o comércio,
iniciada em 1963 só prospera devido à clientela. “Devo tudo a meus clientes
porque são pessoas boas e agradeço a Deus por isso”, afirma fitando o cigarro
em um tom de confidencia. Localizado no bloco C do 2º piso, o box do veterano
comerciante traz à ala o toque regional com uma variedade de utensílios, ervas
e produtos alimentícios.
E entre as esperanças e perspectivas dessas pessoas que
personificam o mercado oficializando sua história na medida em que reafirmam as
suas próprias estão o desejo de que anova gestão que se inicia apresente novas
propostas de revitalização para o “velho gigante”. “O mercado precisa de uma
reforma já que refazê-lo não seria possível. E toda obra tem de ser reparada
senão cai, viu?!, alerta Praciano.
Segurança
A segurança do mercado fica por responsabilidade do
Sincofrutas. Um segurança monitora a área durante todo o dia, garantindo maior
tranquilidade aos trabalhadores. A noite, o monitoramento é ampliado, uns
número maior de seguranças resguardam o patrimônio. Otto Bezerra, 22 anos, trabalha como segurança diurno do
local há 4 meses. Otto conta que as ocorrências normalmente não são graves e
nem com frequência. Além disso, a Guarda Municipal e o Ronda do Quarteirão
estão sempre apostos para qualquer auxilio.
Altar de São Sebastião
Devota de São Sebastião, Dona Elita, que trabalha há 13 anos
como supervisora dos serviços gerais do mercado, se reuniu com os comerciantes
e juntos tiveram a idéia de construírem um altar em homenagear ao santo que dá
nome ao estabelecimento. Fiéis, sejam eles comerciantes ou clientes, depois de
suas orações e preces depositam moedas em um cofrinho ao lado do santo, visando
à arrecadação de dinheiro para a Festa do Santo, realizada no local anualmente,
no dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião.
Dona Elita posa em frente ao Santuário de São Sebastião. Foto: Jonas Guedes. |
O Mercado São Sebastião é um lugar onde as estórias de cada comerciante, cliente e visitante se entrecruzam em meio a uma proposta de oferta simbiótica dos serviços. A sua estrutura opulenta que se estende por volta de toda a Praça Paula Pessoa possui, de fato, a dimensão da proposta do equipamento.
Seja durante as manhãs ou tardes de nossa cidade, o velho Sebastião oferece soluções a quem busca fazer sua feira; uma aposta na lotérica ou comprar materiais de construção e todo e qualquer tipo de ervas medicinais, castanhas, mel, rapaduras e demais utensílios que possamos imaginar. Mas aos que desejarem ir além do imaginário, mais vale a experiência de entrarmos nas entranhas desse “gigante”. Ele é nosso, e dele devemos nos apoderar.
Serviço
Mercado São Sebastião
Rua Clarindo de Queiroz, 1745- Otávio Bonfim
Telefone: (85) 3468. 1600
Por: Samily Sousa, Samara Veras, Kislianny, Jonas Guedes e Daniel Silva.
Por: Samily Sousa, Samara Veras, Kislianny, Jonas Guedes e Daniel Silva.
Os sentidos do Mercado
Foto - Carlos Silvestre |
Edilane Pereira
Localizado no Centro de Fortaleza, entre
duas das avenidas mais movimentadas da cidade, está ele, o gigante Mercado
São Sebastião. Frutas, legumes, artigos
religiosos, isso é só um pouco do que oferece o mercado, o local é um ponto de referência
histórica e cultural da cidade, e traz consigo
a participação no desenvolvimento de Fortaleza.
Fotos: André Silvestre |
Por
volta de 1960, o São Sebastião situava-se na Avenida Duque de Caxias.
Posteriormente, em 1997, o Mercado foi transferido para a atual localização, na
Rua General Clarindo de Queiroz, 1745 próximo, à Avenida Bezerra de Menezes.
O mercado do cotidiano
A
correria do dia a dia, e a constante presença de tecnologia na vida das
pessoas, parecem se perder no meio do barulho da multidão que enche o mercado.
Lá
dentro, facilmente esquecemos as horas. A variedade dos produtos e a simpatia
dos vendedores somada à imensidão de cores, sabores, aromas e texturas do
mercado encantam e aguçam a percepção dos sentidos.
Lá dentro, facilmente esquecemos as horas. A variedade dos produtos e a simpatia dos vendedores somada à imensidão de cores, sabores, aromas e texturas do mercado encantam e aguçam a percepção dos sentidos.
São
caminhões chegando cheios de frutas, pessoas separando a mercadoria e guardando
tudo nas bancas, mas o movimento não é só dos carregadores não, nesse horário
também chegam os compradores, é o caso de Manoel Duarte, 52, comerciante.
Segundo ele, “Nesse horário as frutas e
verduras são as melhores por que estão fresquinhas, assim como os pescados”.
Foto - mercadosaosebastiao.com
Quem
anda pelo mercado
O
Mercado é dividido em setores e
galpões. Neles se encontram frutas, legumes, comidas regionais, ervas
medicinais, peixes, carnes, artesanatos, utensílios domésticos, artigos para
festas de aniversário entre muitas outras coisas.
Segundo
o Sindicato do Comércio Varejista de Frutas e Verduras de Fortaleza o (Sincofrutas),
que desde 97, administra o mercado, passam por lá em média 6 mil pessoas em
dias de maior movimento.
Entre
esses visitantes está o público mais variado possível, são comerciantes em
busca de produtos mais baratos, donas de casa fazendo a “feira”, turistas e
pessoas que vem com a família para simplesmente passear pelos corredores
coloridos e abastecidos do Sebastião.
Primeiras impressões
Para
a estudante de enfermagem Lêda Barroso, 32, que estava vindo pela primeira vez
ao mercado, o espaço pareceu muito “aconchegante e tranquilo”.
Foto - André Silvestre
A jovem, que
estava acompanhada do marido Rafael Barroso, e do filho de cinco anos conta que
nunca tinha vindo ao mercado, mesmo sendo cearense e passando por ele todos os
dias no caminho para o trabalho. “O corre-corre do
cotidiano nunca tinha me deixado vir, mas hoje eu vim conhecer e apresentar
para o meu filho, é muito importante mostrar as crianças a riqueza cultural que
a cidade tem e eu acho que o São Sebastião ilustra bem isso de ser cearense.” O marido de Lêda que já trabalhou próximo ao mercado lamentou apenas a
falta de conservação no entorno do espaço. “Infelizmente, assim que chegamos
vimos uma praça mal cuidada, e muitos menores usando drogas ao redor do local,
fora isso esse mercado tem um visual maravilhoso.” Afirma.
Mulher macho? Não Senhor !
Entre
os gritos masculinos e toda a rudeza do trato com as carnes, as mãos delicadas
vão com muita velocidade e destreza desfazendo a panelada em pedaços. Muito
calada, e instrospecta Joana, 28, formada em administração, vai aos poucos
contando os motivos que a levaram ao Sebastião.
Fotos - André Silvestre
“Meu
pai sofreu um acidente, e há três anos tive que vir assumir o lugar dele aqui.”
Conta. Ela
para a entrevista para dar orientações ao funcionário e volta a responder os
questionamentos em poucos instantes, sem nem ao menos perder a linha de
raciocínio anterior.
“Você
sabe que eu sou tenho nível superior né? Mas não penso em sair daqui não, vou
dar continuidade ao trabalho do meu pai, que há mais de vinte anos está aqui, e
vou passar para os meus filhos.” Afirma ela com orgulho.
Joana
é uma das poucas mulheres que enfrentam a rotina do 1° piso do São Sebastião, o
piso das carnes e peixes, dominado quase que exclusivamente por homens. Ela
mescla a simplicidade do contato manual com a carne com a teoria aprendida nos
bancos da academia.
“Eu
amo as duas coisas, mas tendo que escolher fico aqui e levo o trabalho da minha
família para frente.” Explica.
O
som que toca no mercado
Olhar
o mercado do segundo piso é ver muito. É ver além dos prédios ao redor, e dos
pombos que permeiam a vista do céu do Sebastião. Olhando para baixo, vemos o
movimento de pessoas indo e vindo, ouvimos os gritos dos mercadores em busca de
clientes e a devoção de quem para e só por um instante eleva uma prece ao santo
que dá nome ao local.
Foto - André Silvestre
Foto - André Silvestre
E
no meio de tanta gente barulhenta o mercado vai se enchendo aos poucos do som
no mínimo “clássico” do peruano Juan. Ele comercializa música de raiz, jovem e
velha guarda, e vai embalando o ritmo lento e apreciativo dos que oram, e o
fugaz tempo que corre para os que carregam mercadoria, e andam pelo gigante do
Centro de Fortaleza.
Foto - André Silvestre
Quase sem dificuldades
com o “portunhol”, ele fala que vende só música de qualidade, e que
agrade a todo mundo que passeia por ali.
Seu Mário é pedinte do Mercado São Sebastião
há mais de 20 anos. Desde a inauguração do modelo atual em 1997. Ele fica na
praça sentado em frente a um ponto comercial, bem em baixo da passarela
principal do mercado. Seu Mário conta que às vezes a sua esposa vai deixá-lo,
mas também há situações em que ele precisa ir sozinho.
Foto - André Silvestre
O
pedinte nos conta que, apesar da deficiência visual, não é difícil chegar ao mercado.
Ele sente a quase centenária praça comercial do fortalezense, apenas pela
calçada, através do meio-fio. “Vocês vê com os olhos e nós vê com a mente.
Quando eu chego aqui no mercado, eu vou logo tocando no meio fio, sentindo o
movimento, muitas pessoas falando, o barulho do mercado, num sabe? Relata.
Seu
Mário diz que a maior dificuldade dele é a sinalização específica para cegos,
que no mercado São Sebastião não existe. Um dos maiores desafios para o
deficiente visual é a falta do piso tátil. Apesar de muito tempo andando pelo
mercado, não é fácil enfrentar as irregularidades.
Mas
mesmo com essas dificuldades, o idoso
diz estar num momento feliz. Ele já não consegue mais viver sem os
desejos de bom dia das pessoas que transitam no mercado. O movimento, o toque
na calçada da praça, as paredes do ponto em que ele fica sentado esperando a
ajuda a qual agradece dizendo repetidamente: “Deus lhe abençoe, Deus lhe dê
muita saúde”.
Seu
Mário não enxerga, mas percebe e sente o que muita gente, que tem uma vista
clara, não consegue. Uma delas é se aprofundar no que o mercado proporciona
através apenas do toque.
Um olhar e mil histórias
Hadassa Cavalcante
Foto - André Silvestre
“No início, nada disso aqui existia. Esse lugar era uma praça chamada Paulo Pessoa e tinha um mercado, o mercado velho, que ficava ali onde agora é o estacionamento. O mercado São Sebastião como ele é hoje, tem uns 16 anos, mas já faz 44 que trabalho aqui, desde os tempos do mercado Paulo Pessoa.” Relata seu Toim.
O comerciante de 52 anos, chegou
ao Mercado aos nove anos. Sua banca de
ervas medicinais é herança do pai, um farmacêutico vindo de Crateús. O
comerciante aprendeu o ofício de “médico do povo” muito cedo, mas antes
“pastorava” os carros da rua e com isso ganhava uns trocados.
“Um dia meu pai descobriu o
que eu fazia na rua e me deixou de castigo num cantinho, disse que não era pra
eu trabalhar. Foi um amigo dele que gostava muito de mim que pediu pra ele me
liberar, ele me soltou e disse: Quer trabalhar? Ande na linha que você chega lá.
E até hoje estou aqui.” Relembra o idoso.
É em meio a ervas medicinais, caixas, frascos
e receitas que seu Toim ganha a vida, ensinando não somente dietas para curar o
corpo, mas também as doenças da alma. Tristeza, raiva, alegria, solidão, tudo
isso tem remédio, segundo ele, que apesar de não ter formação, nem diploma em
medicina, sabe como ninguém as causas das doenças e o tratamento natural para
elas. Ele mesmo prepara as misturas que vende e conhece exatamente cada uma
delas, por exemplo, a FREBI, uma mistura para fígado, rins, estômago e bom
intestino que custa por volta de R$ 10 e
que tem muita saída. “Tenho clientes muito antigos, do tempo de papai, alguns
até já morreram. Os outros que estão por aqui são clientes fiéis.” Afirma ele.
Os filhos de seu Toim não
quiseram seguir a carreira do pai, trilharam outros caminhos, o que faz o
orgulho do comerciante que confessa não ter obrigado nenhum deles a seguir seu
ofício. “Eles são felizes no que fazem, e isso é o que importa”. Seu Toim é um
dos muitos exemplos de guerreiros e guerreiras que ultrapassam as dificuldades
e não esperam o sol nascer para batalhar pelo pão de cada dia. Entrar no
mercado São Sebastião é adentrar em um mundo de histórias de vida, um mundo de
lutas e conquistas diárias. Quem anda por seus corredores é abordado pela
simpatia dos comerciantes, que atentos, não deixam a freguesia passar
despercebida, sendo quase impossível sair de lá com as mãos e a mente vazias.
Os sabores e aromas ganham destaque num dos
maiores mercados de Fortaleza, o Mercado São Sebastião. Não chega a ser como o
gigante mercado Ver o Peso, maior mercado ao ar livre da América Latina, localizado
no Pará. Porém, suas bancadas coloridas ganham destaque a cada metro
quadrado percorrido pelos seus passantes.
Extensas galerias multicoloridas e pessoas
dando voltas como formigas de roça.
Escadas, paredes e chão. Algumas pessoas
escolhem subir para o segundo piso, enquanto outras adentram ainda mais às
entranhas do encantado.
Olham-se e olham tudo. Desembocam no
subterrâneo onde existem inúmeras bancadas enfeitadas com formas de todas as
cores – desde o vermelho doce da arredondada melancia até o amarelo ouro da
banana, cores embaladas ao som de passos e pássaros, vozes, do tipo grito e
cochicho, quase uma procissão.
O segundo piso destaca-se pelo verde-ervas o
marrom-seca do nordeste, todo “amostrado” que nem cearense e o mel de abelha,
tudo misturado, meio baião de dois ou três, em cores, cheiros e sabores.
É possível também encontrar figuras simples e
dotadas de grande sabedoria popular. Seu Toim, 52, é umas dessas pessoas.
Parece que nasceu ali. Passa o dia atendendo sua fiel clientela e diz: “É assim
desde meus tempos de menino”.
O Seu Toim de início um pouco tímido, aos
poucos se mostra como verdadeiramente é. Doutor em nada e em tudo ao mesmo
tempo. Seu Toim sabe de tudo e entende e explica:
- Vocês querem saber a historia do
Mercado? – “Aquela dona. ali sabe, mas tem preguiça de falar. Ela é tão
antiga quanto eu”. O comerciante, já do lado de dentro do quiosque, nos
mostra todos os tipos de ervas e garrafadas, que segundo ele, curam desde o
corpo até a alma.
Depois de falar detalhadamente sobre cada uma
de suas “mágicas” garrafas, nos faz entrar no pequeno espaço e olhar de perto
cada uma daquelas exóticas raízes.
Olhar do repórter
Quando acabamos nossa visita era notório o ar
de satisfação, e foi assim, nesse clima, que deixamos o “novo-velho” Mercado.
Milhões de histórias fazem barulhos, se
misturam e se complementam. Ganhamos a confiança de outros personagens. Assim
que eles descobriram que nossos motivos não eram uma simples curiosidade,
estórias e histórias foram surgindo como a de seu Toim, seu Francisco e seu
Abacate – semelhantes e diferentes, todas sedentas de ouvidos para serem
contadas - Quem visitar o Mercado São Sebastião, pode conhecer um pouco mais
desse ponto turístico e tirar suas próprias impressões.
Seu Toim "o médico do mercado" -Foto - André Silvestre
Seu Toim transmite sabedoria -Foto - André Silvestre
Foto - mercadosaosebastiao.com |
Quem anda pelo mercado
O Mercado é dividido em setores e galpões. Neles se encontram frutas, legumes, comidas regionais, ervas medicinais, peixes, carnes, artesanatos, utensílios domésticos, artigos para festas de aniversário entre muitas outras coisas.
Entre
esses visitantes está o público mais variado possível, são comerciantes em
busca de produtos mais baratos, donas de casa fazendo a “feira”, turistas e
pessoas que vem com a família para simplesmente passear pelos corredores
coloridos e abastecidos do Sebastião.
Primeiras impressões
Foto - André Silvestre |
A jovem, que estava acompanhada do marido Rafael Barroso, e do filho de cinco anos conta que nunca tinha vindo ao mercado, mesmo sendo cearense e passando por ele todos os dias no caminho para o trabalho. “O corre-corre do cotidiano nunca tinha me deixado vir, mas hoje eu vim conhecer e apresentar para o meu filho, é muito importante mostrar as crianças a riqueza cultural que a cidade tem e eu acho que o São Sebastião ilustra bem isso de ser cearense.” O marido de Lêda que já trabalhou próximo ao mercado lamentou apenas a falta de conservação no entorno do espaço. “Infelizmente, assim que chegamos vimos uma praça mal cuidada, e muitos menores usando drogas ao redor do local, fora isso esse mercado tem um visual maravilhoso.” Afirma.
Fotos - André Silvestre |
O som que toca no mercado
Olhar o mercado do segundo piso é ver muito. É ver além dos prédios ao redor, e dos pombos que permeiam a vista do céu do Sebastião. Olhando para baixo, vemos o movimento de pessoas indo e vindo, ouvimos os gritos dos mercadores em busca de clientes e a devoção de quem para e só por um instante eleva uma prece ao santo que dá nome ao local.
Foto - André Silvestre |
Foto - André Silvestre |
E no meio de tanta gente barulhenta o mercado vai se enchendo aos poucos do som no mínimo “clássico” do peruano Juan. Ele comercializa música de raiz, jovem e velha guarda, e vai embalando o ritmo lento e apreciativo dos que oram, e o fugaz tempo que corre para os que carregam mercadoria, e andam pelo gigante do Centro de Fortaleza.
Foto - André Silvestre
|
Quase sem dificuldades
com o “portunhol”, ele fala que vende só música de qualidade, e que
agrade a todo mundo que passeia por ali.
Quase sem dificuldades
com o “portunhol”, ele fala que vende só música de qualidade, e que
agrade a todo mundo que passeia por ali.
Quase sem dificuldades com o “portunhol”, ele fala que vende só música de qualidade, e que agrade a todo mundo que passeia por ali.
Seu Mário é pedinte do Mercado São Sebastião há mais de 20 anos. Desde a inauguração do modelo atual em 1997. Ele fica na praça sentado em frente a um ponto comercial, bem em baixo da passarela principal do mercado. Seu Mário conta que às vezes a sua esposa vai deixá-lo, mas também há situações em que ele precisa ir sozinho.
Foto - André Silvestre |
Hadassa Cavalcante
Foto - André Silvestre |
“No início, nada disso aqui existia. Esse lugar era uma praça chamada Paulo Pessoa e tinha um mercado, o mercado velho, que ficava ali onde agora é o estacionamento. O mercado São Sebastião como ele é hoje, tem uns 16 anos, mas já faz 44 que trabalho aqui, desde os tempos do mercado Paulo Pessoa.” Relata seu Toim.
O comerciante de 52 anos, chegou ao Mercado aos nove anos. Sua banca de ervas medicinais é herança do pai, um farmacêutico vindo de Crateús. O comerciante aprendeu o ofício de “médico do povo” muito cedo, mas antes “pastorava” os carros da rua e com isso ganhava uns trocados.
É em meio a ervas medicinais, caixas, frascos e receitas que seu Toim ganha a vida, ensinando não somente dietas para curar o corpo, mas também as doenças da alma. Tristeza, raiva, alegria, solidão, tudo isso tem remédio, segundo ele, que apesar de não ter formação, nem diploma em medicina, sabe como ninguém as causas das doenças e o tratamento natural para elas. Ele mesmo prepara as misturas que vende e conhece exatamente cada uma delas, por exemplo, a FREBI, uma mistura para fígado, rins, estômago e bom intestino que custa por volta de R$ 10 e que tem muita saída. “Tenho clientes muito antigos, do tempo de papai, alguns até já morreram. Os outros que estão por aqui são clientes fiéis.” Afirma ele.
Os filhos de seu Toim não quiseram seguir a carreira do pai, trilharam outros caminhos, o que faz o orgulho do comerciante que confessa não ter obrigado nenhum deles a seguir seu ofício. “Eles são felizes no que fazem, e isso é o que importa”. Seu Toim é um dos muitos exemplos de guerreiros e guerreiras que ultrapassam as dificuldades e não esperam o sol nascer para batalhar pelo pão de cada dia. Entrar no mercado São Sebastião é adentrar em um mundo de histórias de vida, um mundo de lutas e conquistas diárias. Quem anda por seus corredores é abordado pela simpatia dos comerciantes, que atentos, não deixam a freguesia passar despercebida, sendo quase impossível sair de lá com as mãos e a mente vazias.
Os sabores e aromas ganham destaque num dos
maiores mercados de Fortaleza, o Mercado São Sebastião. Não chega a ser como o
gigante mercado Ver o Peso, maior mercado ao ar livre da América Latina, localizado
no Pará. Porém, suas bancadas coloridas ganham destaque a cada metro
quadrado percorrido pelos seus passantes.
Extensas galerias multicoloridas e pessoas
dando voltas como formigas de roça.
Escadas, paredes e chão. Algumas pessoas
escolhem subir para o segundo piso, enquanto outras adentram ainda mais às
entranhas do encantado.
Olham-se e olham tudo. Desembocam no
subterrâneo onde existem inúmeras bancadas enfeitadas com formas de todas as
cores – desde o vermelho doce da arredondada melancia até o amarelo ouro da
banana, cores embaladas ao som de passos e pássaros, vozes, do tipo grito e
cochicho, quase uma procissão.
O segundo piso destaca-se pelo verde-ervas o
marrom-seca do nordeste, todo “amostrado” que nem cearense e o mel de abelha,
tudo misturado, meio baião de dois ou três, em cores, cheiros e sabores.
É possível também encontrar figuras simples e
dotadas de grande sabedoria popular. Seu Toim, 52, é umas dessas pessoas.
Parece que nasceu ali. Passa o dia atendendo sua fiel clientela e diz: “É assim
desde meus tempos de menino”.
O Seu Toim de início um pouco tímido, aos
poucos se mostra como verdadeiramente é. Doutor em nada e em tudo ao mesmo
tempo. Seu Toim sabe de tudo e entende e explica:
- Vocês querem saber a historia do
Mercado? – “Aquela dona. ali sabe, mas tem preguiça de falar. Ela é tão
antiga quanto eu”. O comerciante, já do lado de dentro do quiosque, nos
mostra todos os tipos de ervas e garrafadas, que segundo ele, curam desde o
corpo até a alma.
Depois de falar detalhadamente sobre cada uma
de suas “mágicas” garrafas, nos faz entrar no pequeno espaço e olhar de perto
cada uma daquelas exóticas raízes.
Olhar do repórter
Quando acabamos nossa visita era notório o ar
de satisfação, e foi assim, nesse clima, que deixamos o “novo-velho” Mercado.
Milhões de histórias fazem barulhos, se
misturam e se complementam. Ganhamos a confiança de outros personagens. Assim
que eles descobriram que nossos motivos não eram uma simples curiosidade,
estórias e histórias foram surgindo como a de seu Toim, seu Francisco e seu
Abacate – semelhantes e diferentes, todas sedentas de ouvidos para serem
contadas - Quem visitar o Mercado São Sebastião, pode conhecer um pouco mais
desse ponto turístico e tirar suas próprias impressões.
Seu Toim "o médico do mercado" -Foto - André Silvestre |
Seu Toim transmite sabedoria -Foto - André Silvestre |
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